viciado em tecnologia_saude_bemfamiliaÉ inegável que a tecnologia facilita nossas vidas em muitos aspectos, tais como o armazenamento de informações, a comunicação e o acesso a lugares distantes. Por outro lado, ela também coloca muitas questões, principalmente, para os pais que se perguntam sobre o uso que seus filhos fazem de seus instrumentos. Afirmações como “Meu filho só quer saber do tablet!” e “Se deixar, ele joga Minecraft o dia todo” são cada vez mais comuns e revelam a preocupação dos adultos com o possível desenvolvimento de um vício por tecnologia. Mas, o que de fato quer dizer que uma criança está viciada em tecnologia?

Inicialmente, é preciso observar se a forma como a criança utiliza a tecnologia está prejudicando alguma instância de sua vida como, por exemplo, seu desempenho na escola, sua relação com as outras crianças e seu desenvolvimento psíquico e cognitivo, o que pode aparecer na forma dos seguintes sinais: piora do desempenho escolar (aqui, me refiro não só às notas, mas também ao desenvolvimento da criança no que concerne a seu aprendizado e relacionamento interpessoal), afastamento das outras crianças, ansiedade, nervosismo, insônia entre outros. Assim, é preciso que haja danos na vida do seu filho para que você possa afirmar que ele está viciado.

Vejo que muitos pais tendem a comparar sua infância com a infância dos filhos, o que muitas vezes os leva a concluir que estes podem estar fazendo um uso excessivo da tecnologia, não pelos problemas gerados por este uso, mas pelo fato de não fazerem as mesmas coisas que seu pais faziam quando pequenos: brincar na rua, ir na casa dos amigos, subir em árvores, etc. É importante considerar a época em que vivemos, afinal, as crianças não são as mesmas de antigamente, ainda que existam várias questões relacionadas com a infância que não se alteram com o tempo.

É necessário destacar ainda que a melhor forma de contornar algum problema relacionado à tecnologia está longe de ser a proibição do uso do tablet, smartphone, videogame e/ou computador, já que, além de nós adultos sermos os primeiros a dar exemplos contrários a tal impedimento, pois, em geral, também utilizamos as redes sociais, as ferramentas de pesquisa, o what´s app, etc (Não é raro ver uma criança pulando na frente de seus pais para que estes larguem o celular o olhem para ela), a criança precisa aprender a conviver com a tecnologia de uma forma saudável, uma vez esta fará parte de sua vida.

É preciso ajudar a criança a refletir sobre o modo como tem usado esses instrumentos, além de introduzir outros recursos lúdicos que ampliem seu campo de interesse. Muitas vezes, os pequenos ficam em casa sem ter muito o que fazer além de jogar e acessar a internet. Por isso, além de observar os sinais que indicam algum prejuízo em suas vidas, devemos levar em consideração o ambiente em que vivem e os estímulos e atividades que estão sendo ofertados a elas.

 

cópia de Paula_melgaço_clinica_base_bem_familia

Paula Melgaço

sócia-fundadora da Clínica Base, graduada em Psicologia pela UFMG

Especialista em Relações Internacionais

Especialista em Psicanálise com Crianças e Adolescentes pela PUC-MG

Mestranda em Psicologia na PUC-MG.

Referência da Clínica Base em projetos relacionados à adolescência e à tecnologia/mundo virtual. (www.clinicabase.com)

crianca_futuro_brasilComo brasileiros, adultos, pais e mães que somos, não é difícil nos flagrarmos com reflexões sobre o nosso futuro e o de nossos filhos, quando o assunto é o nosso país. Pessimismo? Desconfiança? Temor do que eles terão que enfrentar? Certeza de que as coisas vão melhorar? Boa vontade em educar para que tenhamos um futuro melhor? Esperança? Expectativas? Otimismo?

 

Minha infância está situada no final da ditadura militar que vigorou no Brasil por vinte anos. Recordo de brincar na rua, de subir na laje de casa sem a minha mãe saber, de ler enciclopédias, já que eram os únicos livros disponíveis em casa. Lembro-me de ter assistido pouco, o que passava na televisão, já que a antena que captava o sinal quase não funcionava; também recordo dos meus pais trabalhando em sua mercearia, incansáveis e defendendo, o que para eles, era o mais importante: ter um nome limpo e honrado.

 

Na escola pública onde estudei, no final da década de 1970, lembro de ter o uniforme inspecionado todos os dias pela disciplinária, na tentativa de encontrar algum deslize “fora da lei”. Recordo que não viajava nas férias para praia, pois isso não fazia parte da realidade dos meus pais e, quando passeava, era nas casas de parentes ou na casa da sogra da minha irmã mais velha, no interior, lá em Estrela do Indaiá … enfim, recordações de uma infância feliz e normal.

 

Hoje, como pedagoga e mãe de uma jovem, faço dessas lembranças a fonte para imaginar como as crianças de hoje vão se lembrar de sua infância quando adultas. E mais: que mundo elas, daqui a 30 anos, vão habitar? Nosso Brasil terá uma população nutrida por quais vivências? Serão guardiãs de quais lembranças?

 

Uma grande parte de nossas crianças hoje, no Brasil, brincam, assistem TV, correm, vão a escola, desfrutam a convivência de uma família, têm seus amiguinhos, escutam histórias e músicas, jogam nos seus tablets, fazem suas maravilhosas perguntas, dão birras, choram, têm seus personagens preferidos … são crianças! Crianças que sofrem as influências do mundo da política, da economia, da cultura e da sociedade. Crianças que têm recebido de nós, da mídia e de todos que a rodeiam, muitos estímulos positivos e negativos.

 

Desse contexto surgirão os adultos do futuro. Como serão estas pessoas? O que poderão oferecer ao Brasil? Com que valores vão contribuir para que o país evolua? Estarão bem preparados? Poderão oferecer sua força, talento e participação? Geralmente, nos perguntamos o que o Brasil pode e poderá nos oferecer. Mas há outra pergunta tão importante quanto esta: o que o Brasil pode esperar de nós? Esta pergunta provoca em mim um sacudimento, uma tomada de consciência do papel que cabe a cada um no Brasil de hoje e no do futuro.

 

Parece clichê, mas o que se planta, geralmente se colhe. Se em nossas crianças estivermos plantando, com palavras e práticas, gentileza, respeito, boa vontade, bondade, cidadania, bom senso, disciplina, tolerância, tato, responsabilidade e muitos outros valores, certamente herdaremos uma geração melhor e mais bem preparada. Não há dúvidas de que o Brasil vai precisar cada vez mais de pessoas assim.

 

Nossa responsabilidade na condução da educação da geração atual é enorme. O investimento a ser feito é nosso, como os mais velhos que precisam nortear a formação dos mais novos. Fico pensando que, quando eu estiver velhinha e, olhar para trás, quero ter a tranquilidade de consultar a minha consciência e dizer para mim mesma: ajudei a plantar sementes e estou vendo um belo jardim!

 

 


marise_alencar_bem_familia_pedagoga_mestre_educacao

Marise Nancy de Alencar
Pedagoga, Especialista em Educação Infantil e Alfabetização, Mestre em Educação Tecnológica, Coordenadora Pedagógica.

 

infancia feliz _bem familia24 de agosto é o dia da infância!!!!!

Se há um assunto que me emociona e deixa feliz é falar sobre a infância.

Que encantos possui que desperta em nós sentimentos tão especiais?

Quem não se encanta e se emociona ao ver um bebezinho dormindo sereno em seu berço?

Quem não fica feliz ao ver crianças brincando nas praças e parques, envoltas em seu mundo mágico e cheio de fantasias próprios da infância?

Quem não volta no tempo e se recorda da própria infância, com a chegada de um filho, de um sobrinho, de um neto na família?

De minha infância tenho lindas recordações de momentos lindamente vividos.

“Domingo em nossa família era um dia especial!
Vovô e vovó na boleia e a meninada toda na carroceira de sua camionete Willis, verde exército. Íamos rumo às inúmeras aventuras de um dia feliz de infância.
A própria “viagem” já era uma aventura. Menino, cachorro e galinha. Tudo junto e misturado! E ninguém reclamava!
Se fosse nos dias de hoje, já fico até imaginado a blitz da polícia rodoviária…
Chegando ao sitio, adultos para um lado e crianças para outro.
E o dia era recheado de situações inesperadas. Nadar no açude, brincar com a boia do caminhão, como se fosse um grande navio, nos levando para ilhas distantes.
O medo de aparecer uma cobra era grande, e o medo de cair da boia, maior ainda.
Mas era tudo tão fantasticamente mágico que o medo sumia num segundo, quando alguém mais esperto nos rodava e balançava, como se ondas gigantes viessem nos derrubar.
Depois a fome batia e íamos atrás de goiabas, jabuticabas e coquinhos que grudavam em nossos dentes que ficavam amarelados, até a hora da próxima refeição. Sabe que nem me lembro o que comíamos! Será que comíamos? Criança quando está brincando nem fome tem!
Só lembro de brincar, brincar e brincar. Ficar com os pés cheios de espinhos, de irmos embora exaustos, mas felizes por mais um dia cheio de aventuras e alegrias.”

Brincando-lama _bem familia_ vida saudavel

Mas que mistérios encerra esta fase tão linda da vida?
Um olhar curioso e atento; um aprendizado constante. Os primeiros desafios; os primeiros passos; os primeiros dentinhos; as primeiras palavras. O entendimento surgindo e se ampliando a cada dia!
A infância é a pureza de pensamentos e sentimentos. É inocência e ingenuidade juntos.
Se há algo que não devemos esquecer jamais é de nossa infância. A criança que fomos nos proporcionou os melhores dias da existência e a quem devemos grande parte do que agora somos.

Como adultos hoje, o que temos feito pela infância de nossas crianças?

Que recordações terão desta etapa tão linda e naturalmente feliz?

Estamos permitindo as crianças viverem o mundo mágico natural da infância ou estamos fazendo as crianças viverem o mundo de ilusão e artificial do adulto?

Pensemos nisso, muito do que viverão no futuro está em nossas mãos!

Feliz dia da infância para eles e para todos nós que já fomos crianças um dia!

 

Por Siuse Camargos – esposa e mãe. Avó da Isabela e do Pedro. Foi educadora infantil por mais de 10 anos. Hoje exerce com alegria a função de avó e nas horas vagas, é também profissional na área de decoração.

Saiba por quê

A audição é o sentido que nos permite captar, reconhecer o som emitido pelo ambiente e analisar a informação recebida. Esse sentido é o mais importante na aquisição e desenvolvimento da Linguagem, pois é por meio dela que detectamos e diferenciamos os sons ambientais e lhe atribuímos significado. Inicialmente, a criança ouve uma confusão de ruídos e, aos poucos, sua audição vai amadurecendo. Ela vai se tornando capaz de: localizar e identificar o estímulo sonoro; diferenciar os sons ambientais gerais dos sons mais específicos e os usados na comunicação; diferenciar palavras, gestos e expressões faciais.

Procesouvindo _bemfamilia_ educaçaosamento Auditivo é o conjunto de processos e mecanismos que acontecem quando o cérebro interpreta os sons que a pessoa esta ouvindo. Não envolve apenas a percepção, mas envolve também a identificação, localização, atenção, análise, memória e recuperação da informação. Muitas pessoas, embora possuam audição normal, ou seja, sejam capazes de detectar os sons normalmente, apresentam dificuldades na interpretação desses sons, gerando, por isso, problemas de linguagem, de fala e de aprendizado. As habilidades auditivas, entretanto, podem ser treinadas e aperfeiçoadas por meio de estimulação.

Como sei que a criança tem alteração do Processamento Auditivo?

A alteração do Processamento Auditivo é uma falha no desenvolvimento das habilidades perceptivas auditivas, que causa dificuldade de compreender a mensagem. A criança mesmo com audição normal apresenta dificuldades auditivas:

Dicas: Falar olhando para a criança; propiciar ambientes silenciosos; falar em um ritmo de fala contendo pausas nítidas, articulação clara e entonação enfatizada; verificar se a criança entendeu a solicitação pedindo-lhes que as repita; criar situações de comunicação diária com as crianças de pelo menos 50 minutos, contando histórias, cantando músicas e perguntando sobre as atividades do dia.

Sheila Pires Fonosheilaaudióloga Clínica da Bem Crescer 

Atendimento Multidisciplinar e Referência técnica do Sesc Saúde São Francisco. Especialista em Audiologia e Psicopedagogia.

Dia 11 de agosto é um dia de muitas comemorações no calendário brasileiro. Dia do Estudante, Dia Internacional da Logosofia, Dia do Advogado, Dia do Garçom.dia do estudante Para a BEM FAMÍLIA, é uma data super especial, afinal de contas um de nossos grandes objetivos é ajudar as crianças a se tornarem bons estudantes. Pessoas interessadas em aprender bem, muitos saberes. Ser estudante é tarefa fácil? Por que os pais se preocupam tanto em deixar como um de seus legados para os filhos o estudo?   A maioria dos filhos já ouviu seu pai dizer: – Vai estudar menino, se quiser ser alguém na vida! – Vai estudar menino, o saber não ocupa espaço! – Vai estudar menino, o estudo abre as portas para uma vida mais produtiva! São muitas as falas dos pais, preocupados em oferecer aos filhos melhores condições de vida em seu futuro.

 

A BEM FAMILIA entende que o estudar e o aprender vai além do aprendizado curricular. O estudante é aquela pessoa que está sempre atenta aos fatos, aos assuntos, aos textos, as coisas do mundo e desta forma sempre está aprendendo algo.

Para ser um bom estudante, a criança precisa de estímulos sintonizados com o ano escolar em curso, metas individuais alinhadas com as metas da escola. O mais importante é despertar o interesse por gostar de aprender e estudar através de situações que treinem a autonomia. A família que consegue realizar a rotina diária através de incentivos lúdicos e brincadeiras tem bons resultados em curto e médio prazo.

Além de acompanhar os deveres de casa, é importante focar nas habilidades de cada faixa etária, para alcançar os próximos passos da faixa etária seguinte. Cada criança tem o seu processo natural, mas estímulos positivo (sem exagero!!!!!) são sempre necessários.

Em nossa agenda de cursos Aprender Bem, para crianças de 4 a 10 anos, oferecemos atividades e dinâmicas que exploram a importância dos estudos, da escrita e da leitura de forma leve e criativa, visando a autonomia e organização pelo próprio aluno, com material para ser usado ao longo do semestre pelo aluno. Os módulos Ler Bem, Escrever Bem e Estudar Bem são indicados a partir de uma avaliação do contexto da criança na escola e na família. Cada casa tem um necessidade diferente.

Para conhecer nossa agenda de cursos em domicílio, deixe seus dados aqui QUERO CONHECER OS CURSOS APRENDER BEM. 

Tatiana Camargos Lamego, fundadora da Bem Família Tutoria em Desenvolvimento Infantil.

Professora com formação em Magistério pelo Colégio Logosófico González Pecotche, 1995.

Comunicóloga com bacharelado em Publicidade e Propaganda pelo Uni BH, Belo Horizonte, Minas Gerais, 1999.

Representante do projeto Brincar Sustentável – Joanninha Aluguel de Brinquedos

Divulgadora do Box da Joanninha, São Paulo, 2011 a 2012.

 

dia_dos_pais_bem_familia

Algumas datas comemorativas são para mim momentos de reflexão. E o dia dos pais não é diferente! A figura de um pai na vida dos filhos é algo marcante através das gerações.

De minha memória infantil, surge a figura paterna exercida por meu avô. Era um homem rigoroso, temido e respeitado. Ao mesmo tempo amoroso e brincalhão, principalmente comigo e meu irmão, os únicos netos que naquela época conviviam cotidianamente com ele.

A casa de meus avós era pequena, mas nela cabiam os 08 filhos solteiros – os outros 05 já eram casados -, e mais todo mundo que chegava para passar uns dias, um mês, um ano.

Entrar no quarto do vovô, só com sua permissão! Os adultos da casa criaram em nós crianças, uma imagem que não correspondia ao seu jeito conosco. Íamos com ele ao sítio no seu jipinho verde e era pura alegria! Ele era um “paivô,” mesmo tendo partido quando eu contava apenas com 12 anos. Deixou um lindo legado em minha vida.

E meu pai? Carinhoso, amoroso, sereno. Sempre tinha um conselho a nos dar. Em sua singeleza e simplicidade de homem criado no interior, nos dava lições de vida com frases simples, mas que revelavam sabedoria. Mas duas coisas se destacaram e se fixaram em minha vida para sempre.

Quando reclamava de alguma coisa ele dizia: – Nunca reclame pelo que está vivendo. Olhe para traz e sempre encontrará alguém em piores condições que você.

Sempre nos estimulou a aprender a fazer as coisas. Ele dizia que o aprender era a forma de saber ensinar. Dizia assim: – Você só poderá exigir do outro, aquilo que você sabe fazer, senão não terá parâmetros para exigir o que não sabe ensinar.

E hoje comprovo este ensinamento que ele me deu, a toda hora.

Conversei com minha filha, hoje mãe de meus netos, e lhe perguntei que lembranças ela tem da presença do pai dela em sua infância.

Ela me disse que tem infinitas lembranças dele, sempre presente, desde o amanhecer ao acordá-la para ir para a escola com a pergunta diária:- Café com leite rebentinha ou rebentão? Era uma brincadeira para oferecer café com leite morno ou quente.

Aos domingos no clube, ele nadava na piscina com tobogã conosco, nos dando seu colo até que tivéssemos  segurança para descer sozinhos.

A casinha de boneca que ele mesmo construiu era linda, e onde passávamos as tardes brincando, depois que terminávamos os deveres de casa.

Nos finais de semana, nosso quintal ficava cheio de amiguinhos da escola e da vizinhança, e lá estava ele, jogando vôlei, queimada e basquete com a meninada.

Na adolescência ele fazia churrasco para a  a turma e era o mais animado, fazia questão de participar de nossas conversas e brincadeiras naturalmente.

Nas viagens de férias, levava pelo menos mais um amigo conosco. íamos num Fiat 147 ele, a mamãe, e quatro ou cinco crianças no banco de traz com a matula da viagem! Bons e velhos tempos! Hoje damos risadas ao recordar desta época.

Quanta gratidão por este pai dedicado e presente em nossas vidas, sempre aconselhando sobre a paciência e a calma, para saber esperar cada coisa à sua hora.

Perguntei a esta filha, como o exemplo do pai influencia o seu papel de mãe de seus dois bebês, atualmente.

“Meu pai sempre foi uma pessoa calma, paciente, dedicada e firme, mas muito amoroso. Tento atuar desta mesma forma com meus filhos, transmitindo a segurança e o amor ao mesmo tempo que educo. Este foi sim um grande exemplo para mim! Hoje, as tomadas de decisões que faço na vida, têm relação com o que meu pai me orientou. Totalmente! Sempre recorro aos seus conselhos e ainda hoje, depois de adulta ouço muito sua opinião sobre várias decisões que quero tomar, pois sua opinião é um grande norte em minha vida. Sua sabedoria e experiência me fazem refletir em muitos momentos.”

Ela aproveitou para deixar aqui um recadinho no dia dos pais:

“Querido pai, sempre tivemos o melhor exemplo de você, como pai. Sua paciência, tolerância e amor estiveram presentes em nosso lar por toda nossa infância! Obrigada por nos oferecer sempre o melhor e por se dedicar à nossa família com tanto amor!”

De todo o dito e recordado aqui, evidencia-se que, para estas duas gerações, a presença constante dos pais foi fundamental. Dando amor, conselhos, chamando a atenção quando necessário, nos orientando em vivências simples do dia a dia.

Papais do presente, não percam esta grande oportunidade de conviver com seus filhos. A infância representa menos que 10% de toda a trajetória física da vida de uma pessoa. Porém, quanto mais intensa seja esta convivência, mais chances teremos de ter crianças felizes.

A melhor maneira de tornar as crianças boas é torna-las felizes! Já disse alguém, algum dia. Não é tão difícil!!!!!

Por Siuse Camargos – esposa e mãe. Avó da Isabela e do Pedro. Foi educadora infantil por mais de 10 anos. Hoje  exerce com alegria a função de avó e nas horas vagas, é também profissional na área de decoração.

Grandparents Playing with GrandchildDomingo foi um dia especial! Homenagens não faltaram. Recadinhos carinhosos recebidos das mãos dos próprios netinhos. Mensagens virtuais encaminhadas por filhos felizes com os vovôs sempre por perto, ajudando no que é possível. Muito carinho e agradecimento, de todas as formas e de conteúdos variados. Mas invariavelmente com muito amor em todas as palavras.

Como avó comecei a refletir e vi que caberia a mim agradecer! Sim, agradecer aos filhos pelos netos, que nos fazem experimentar emoções sem fim!

Há pouco menos de 02 anos nos tornamos avós, meu esposo e eu, de duas criaturinhas especiais, que vêm transformando nossa vida de forma vertiginosa. Abriu-se para nós um campo de muitas experiências.

Não há um dia em que eu não agradeça a Deus, por dar-nos esta oportunidade. Renovação, abnegação, amor incondicional, brincadeiras sem fim. As musiquinhas de roda, aos poucos vêm brotando em nossa recordação e o manancial parece inesgotável. Nos fazem voltar no tempo e refletir sobre nosso papel como pais. Quanta coisa mudou dentro da gente desde aquele tempo da infância de nossos filhos! Quantas experiências revividas!

Outras tantas recordadas com alegria e gargalhadas ao relatarmos o que fazíamos em nossa incipiência e imaturidade juvenil. Mas ao final concordamos unanimemente – entre mortos e feridos salvaram-se todos. Filhos crescidos, maduros, sensatos, que constituíram seus próprios lares, sustentados principalmente pelo amor que sempre regeu nossa família!

E assim vêm chegando os netos. E a condição de vovô e vovó tornou-se hoje prioridade em nossa vida. Colaboramos com os filhos no que nos for possível!

No final de semana, a família toda na casa de campo. De manhãzinha, quase madrugada, a netinha acorda e com a voz mais doce do mundo chama: – Vovó! Bebela acordou! E a vovó sai correndo, escada abaixo ávida pelo lindo sorriso daquela bebezinha mais fofa e gorduchinha que, com os bracinhos abertos abraça a vovó e diz: Vovô Enato! Me mostrando que quer ver o vovô.

Subimos as escadas. São 6h da manhã e estamos os dois, vovô e vovó, animados e felizes brincando de cabaninha debaixo das cobertas com aquela criaturinha especial! Não há nada que pague este momento! Não há felicidade maior! Mesmo que durante o dia o sono venha nos cutucar!

As oportunidades, ou se vivem ou se perdem para sempre! Então cada instante, cada momento se torna sagrado e intenso.

Neste dia 26 de julho, recordando de tudo isso, não tem como não dizer obrigada aos netinhos queridos por existirem. Sem eles não estaria aqui escrevendo com tanta alegria e emoção, palavras que vêm do fundo do coração.

Ser avós revela um lindo e sublime mistério. Pensando mais além do que se vive no dia a dia tão intensamente, que segredo encerrará esta missão?

 

Por Siuse Camargos – esposa e mãe. Avó da Isabela e do Pedro. Foi educadora infantil por mais de 10 anos. Hoje  exerce com alegria a função de avó e nas horas vagas, é também profissional na área de decoração.

A CRIANÇA NO MUNDO MAGICO DOS LIVROS!

Neste mês estamos trabalhando intensamente com as crianças, fazendo um Club Livros Kids superbacana e movimentado. Como sabemos que o estímulo recebido na infância é fundamental para a formação das crianças, fomos atrás de pessoas que, desde a infância cultivaram o saudável hábito da leitura e hoje se tornaram leitores costumazes. E o resultado não poderia ter sido melhor! Quem vai nos falar um pouco sobre sua experiência é uma grande amiga da Bem Família e sempre que a encontramos, está com um livro a tiracolo.

Denize Chiod, geóloga, profissional ativa, tem duas filhas já adultas, que como a mãe, apreciam muito uma boa leitura. Fizemos uma pequena entrevista com Denize que nos brindou com sua experiência.

criança que le _ bem familia

Você se recorda quando começou seu gosto pelos livros?

Desde pequena, sempre gostei de ler, de ver as imagens e ilustrações dos livros. Na minha casa sempre estivemos rodeados por livros, revistas, jogos, discos de histórias e música (acho isso também muito importante, pois tínhamos discos com álbuns onde as histórias e as letras das músicas eram apresentadas e ilustradas – inclusive os discos de ópera).

Foi estimulada por algum adulto?

Principalmente pelo meu pai, que sempre leu muito e gostava de música e artes plásticas. Tínhamos de tudo um pouco em casa. Desde a coleção Saraiva (quem é mais velho conhece) até livros sobre arte, ciências, história, uma grande quantidade de dicionários, enciclopédias (tenho até hoje guardado o Lello Universal, que meu pai colecionou quando jovem) e livros com histórias da carochinha. Meu avô nos deu uma grande coleção de revistas da National Geographic, em inglês, encadernadas, da década de 40 e 50, que eu não cansava de folhear.

Seus pais liam para você?

Lembro mais da minha tia, irmã mais nova de minha mãe, que ficava conosco quando meus pais saíam. Ela lia os livros para nós ou inventava suas próprias histórias, o que era melhor ainda.

Como você se sente quando está lendo um livro?

Se é um romance, me transporto para dentro da história, como se estivesse assistindo toda a trama se desenrolar na minha frente. Não vejo a hora passar.

Teria algo mais a dizer?

Na época em que era criança, não havia a programação de TV que existe hoje, nem tínhamos possibilidade de viajar durante todo o período de férias. Durante o período letivo, era mais difícil ler, mas nas férias eu lia direto, ainda mais quando não viajávamos. Os pais não se sentiam obrigados a ficar nos distraindo e nos levando para cinema, passear, etc. Ficávamos por nossa própria conta, brincando no quintal (tínhamos quintal naquela época), se o tempo estava bom, ou dentro de casa, se chovia. Aí sim que o livro fazia uma companhia imensa. Havia períodos de férias em que eu lia o dia inteiro.

Viram como era o ambiente doméstico dela? Não parece que é tão complicado assim, não é mesmo? Se queremos crianças leitoras o primeiro passo é ter os livros disponíveis. Na semana que vem tem mais gente contando sua história. E você e se identificou com ela? Conte para a gente como foi sua experiência?

             denize Denize Kistemann Chiodi, nasceu em São Paulo há 64 anos, e mora há 30 em Belo Horizonte. Formou-se em Geologia na USP, onde conheceu o Cid, que também é geólogo. São os pais da Cristina e da Maira. Ama a natureza e tudo o que faz parte dela: plantas, bichos, rios, mares, montanhas. Tem quatro gatos, adora música, filmes, livros, todo o tipo de arte. Gosta de gente e de ouvir suas histórias, seus “causos” como se diz aqui nas Minas Gerais, principalmente se acompanhados de café com bolo.

As férias chegaram e com ela a oportunidade de oferecer às crianças uma atividade divertida e ao mesmo tempo educativa e cultural.Você que é um pai que se interessa em oferecer a seu filho um conhecimento a mais de lazer e cultura não pode perder! Com foco no incentivo a leitura, nossa programação está especial.

Todas as quintas-feiras em espaços de cultura e leitura especiais de BH!

programacao_club_livro_kids_fla

 

O que é o Club Livros Kids: uma atividade de Lazer Pedagógico com encontros brincantes de incentivo à leitura. Dinâmicas com caça pistas, jogos em grupo e visita mediada. Contato com livros criteriosamente escolhidos para ampliar o interesse da criança pelo mundo dos livros, dos autores e das palavras de forma lúdica e encantadora!

Duração: 1 hora por grupo, em horários previamente agendados.
Obs.: programação sujeita a mudanças, previamente informadas aos inscritos.

Público: pequenos grupos de crianças entre 04 a 10 anos.

Coordenação: professora infantil Tatiana Camargos Lamego

As crianças podem participar de uma, duas ou das três atividades. Os pais são sempre bem-vindos.
Os inscritos nas 03 atividades ganham uma lista de sugestões de títulos de livros preparada pela professora infantil Tatiana Camargos Lamego, para lerem durante o ano!

Inscrições e informações em http://bemfamilia.com.br/programas/lazer-cultural/
contato@bemfamilia.com.br

 

 

 


lendo para os filhos _ bem familiaA cena não é rara: uma criança vestida para dormir, agarrada a um travesseiro ou a outro objeto de seu apego, diz a frase para o pai, a mãe ou o adulto com o qual esteja acostumada nesse momento do dia – “Conta uma história. ”

 

Para muitas crianças, a leitura dos pais é um momento esperado, momento de afeto, proximidade e exclusividade. Não há como ler uma história para uma criança e ao mesmo tempo falar ao telefone, usar o computador ou conversar com outro adulto.

É um encontro a sós que o livro proporciona entre seres que se amam. É um espaço dedicado ao filho. A criança rapidamente percebe isso. Muitos adultos acabam reservando, então, o momento de colocar o filho para dormir para esta entrega. Livros, revistas, gibis, poesia, letra de música. Quanta coisa a ser lida. Quanta coisa a ser aprendida com uma leitura, quantos conhecimentos e sentimentos acionados.

Poder proporcionar isso a uma criança é um privilégio. Mas saber fazê-lo torna-se uma arte. A arte de fazer com que a leitura seja para aprender a ler, para aprender a aprender o que não sabe e ler para divertir.

Li certa vez em um texto do humanista argentino González Pecotche, autor da Pedagogia Logosófica, que o livro é um “elemento de inestimável valor para o assessoramento da inteligência, o fundamento da cultura e da ilustração dos povos”. Ao refletir sobre isso e sobre a produção literária que nem sempre está preocupada com a qualidade, com o teor construtivo, da utilidade intelectual, moral e até mesmo espiritual para o seu leitor, senti-me mais responsável pelas leituras que tenho feito com a minha filha.

Venho percebendo que não basta ler para os filhos. É preciso saber ler e saber escolher o que se vai ler para eles. Que sensações obtenho, quando ao terminar uma história, ouço um pedido: “conta de novo”?

Se queremos que um filho goste e aprecie uma boa história, bons livros e momentos de leitura é preciso oferecer oportunidades. Este é o primeiro passo. Ao chegar em casa certa noite, minha filha encontrava-se no banho. Fui até o seu quarto e coloquei em cima de sua cama um embrulho. Nele, havia um livro. Na verdade, um almanaque recheado de poesias, contos, anedotas, passatempos, curiosidades, ou seja, de tudo um pouco. Coloquei na dedicatória: “que você se divirta muito com o livro e, de preferência, comigo ao seu lado! ” Ao chegar em seu quarto, notei sua expressão ao abrir o embrulho: feliz! Aquele exemplar ficou em suas mãos por muitos dias seguidos. Como nos divertimos com suas páginas. Como esperávamos o momento de exclusividade uma com a outra para aprendermos e darmos boas gargalhadas com seu teor infantil e puro.

Venho aprendendo a selecionar mais, estou mais atenta às intenções dos autores, para que de fato minhas leituras e as de minha filha sejam realmente úteis. E podem ser úteis, como disse antes, para informar e para divertir. Tenho aprendido também que na mente gestam-se pensamentos de muitas índoles e que o livro é um veículo de levar o pensamento do autor para muitos outros seres.

Plenamente estimuladas, é claro, nossas crianças poderiam fazer muito mais do que têm feito. Uma pesquisa que li recentemente, revela que no Brasil, aproximadamente ¼ da população alfabetizada sabe ler, mas não sabe analisar, comparar, criticar e compreender nas entrelinhas o que está sendo lido. Então, que encanto é esse de ler e contar histórias para os filhos? É o encanto de encontrar no olhar de um filho, um leitor em potencial, um leitor que poderá ser um dia, quem sabe, um escritor. De coisas belas, lindas, encantadoras! Então, que venham muitas noites e muitos pedidos de: “- Mãe, conta uma história para mim? ”

 


marise_alencar_bem_familia_pedagoga_mestre_educacao

Marise Nancy de Alencar
Pedagoga, Especialista em Educação Infantil e Alfabetização, Mestre em Educação Tecnológica, Coordenadora Pedagógica.