Muitas mães se perdem quando o assunto é brincadeira. Parece óbvio e fácil, mas nem sempre tão intuitivo como antigamente. Na atividade pedagógica deste mês, queremos, através das atividades com os filhos, alertar os pais em alguns pontos:
– enxergar a importância de prover brincadeiras simples, que incentivem a improvisação e imaginação das crianças
– aproveitar os momentos de brincadeira para observar o filho em sua liberdade de expressão
– variar os tipos de brincadeiras oferecidas aos filhos
– saber a hora de brincar junto e de não brincar junto
– valorizar o brincar ao máximo, mesmo diante dos inúmeros compromissos seus e de seu filho
– familiarizar-se com os estímulos motores, cognitivos, sociais e afetivos necesários na faixa etária de seu filho
O circo trabalha a alegria, a criatividade e a concentração de forma primorosamente mescladas. Equilíbrio com malabares e pratos, arremesso com arcos e bolinhas, coordenação motora grossa e fina com jabolô. Tecidos, cordas, objetos simples que podem ser usados de forma criativa e instigante para as crianças. Por que não repetir alguns destes exercícios em casa?
A Trupe Gaia Circo e Meio Ambiente oferece seu material de apresentações para exploramos a importância do brincar na infância, como uma das principais formas de aprendizado e desenvolvimento pleno.
A atividade é dividida em exercícios de criatividade corporal (como equilíbrio e arremesso) com artefatos e brinquedos de circo, e dinâmicas de expressão oral, jogo da memória, expressão oral e advinhações relacionados ao tema circo. Um momento de exploração livre de brinquedos educativos, livros, relacionados ao tema circo, tão atraente a crianças e até adultos.
Mães e pais já não sabem o que fazer para prolongar a infância, que anda tão a diferente e achatada. O brincar junto com o filho é tarefa que requer disposição, criatividade e paciência! A Bem Família tem atividades pedagógicas e programas de rotinas em domicílio para auxiliar os pais na busca de uma infância mais equilibrada e plena.
Crianças de 5 a 10 anos podem inscrever-se nesta atividade. A Bem Família formar um grupinho de até 5 crianças para o seu filho, de acordo com perfil, faixa etária.
As atividades ocorrem nas sextas e sábados, com duração de uma hora e meia por grupo.
Nosso atendimento tem o foco individualizado, por isso priorizamos os grupos pequenos. Muitas famílias já participam deste o primeiro semestre, com um grupo de amiguinhos. Se é a sua primeira atividade, não se preocupe, vamos encaixá-lo num grupo adequado e legal para seu filho.
A atividade de novembro ocorrerá na Traquitana Brinquedos Educativos e Livros, nossa parceira no Club Cult Kids.
Rua Major Lopes, 63 Bairro São Pedro – Belo Horizonte.
Informações e inscrições: http://bemfamilia.com.br/club-cult-kids-inscricao/ contato@bemfamilia.com.br Ou ligue para mim: (31) 8646-3808 Tatiana Camargos Lamego.
Algumas fases da infância não podem ser puladas, as crianças precisam de incentivo, amor e, em algumas vezes, alguns cuidados especiais.
Não é fácil para alguns pais estimularem os seus filhos na prática da leitura e dos deveres escolares, pois a vida moderna dificulta que as mães possam mais ficar em casa, dedicando-se apenas às tarefas domésticas e aos cuidados com as crianças. Muitas destas mulheres possuem cargos e empregos que impossibilitam que elas tenham um tempo devido para a tarefa de ensinar os deveres da escola, precisando solucionar o problema com a contratação de uma ajuda profissional para incentivar os seus filhos com o hábito do estudo.
É de suma importância mostrar para a criança que a leitura não é uma punição, mas sim um prazer e para isso acontecer, é necessário que haja uma forma de fazer com que o hábito de estudo e o dever de casa sejam tarefas divertidas e ao mesmo tempo instrutivas. O passo inicial começa ao descobrir o gosto e o ritmo de aprendizado da criança, para que ela não se sinta entediada desistindo logo na primeira dificuldade. Nesta fase é imprescindível o apoio e a paciência de quem está conduzindo este ensino, para que a criança não veja os estudos como algo monótono ou enfadonho.
Alguns pais estão enfrentando muita dificuldade em estimular os filhos adolescentes a deixarem as redes sociais atualmente, porque não deram tanta importância ao estímulo da leitura na infância. O hábito da leitura pode ser incentivado antes mesmo da alfabetização com a utilização de jogos educativos e livros com gravuras que estimulem a imaginação da criança, para que posteriormente, ela própria comece a escolher os seus próprios livros. Quando estimulada desde pequena, a criança tem uma forte tendência em se tornar um adolescente que também gostará de ler e aprender sobre diversos assuntos, lembrando que há uma competição acirrada entre os livros e as redes sociais.
As crianças geralmente se encantam com cores vivas e um ambiente alegre, por isso criar um cantinho de estudos para os seus filhos, contribui de forma muito eficaz para que eles tenham gosto em fazer o dever de casa e ter o hábito de estudo bem desenvolvido. O material caprichado e bem organizado também ajudam muito na formação do aluno. Uma dica muito útil é criar um clube do livro, onde a criança juntamente com os seus amiguinhos, possam ler e trocar experiências de leitura entre elas, fazendo disso um compromisso prazeroso e ao mesmo tempo estimulando o convívio social. O importante é que os pais nunca tenham vergonha de procurar uma ajuda profissional se acharem que não possuem tempo suficiente para a criação de tarefas que estimule o hábito de estudo e o dever de casa dos seus filhos de forma adequada.
* Habilidades básicas do ciclo escolar: ler, escrever, falar e ouvir
* A criatividade como recurso de aprendizado
* O estímulo para o ano escolar em curso
* O equilíbrio entre lazer e estudos para uma vida mais saudável
* O desenvolvimento cognitivo, emocional, social e físico da criança/adolescente
1 mês
1 Entrevista com o pais
Avaliação do perfil do aluno
Material de apoio com metas individualizadas para o aluno
4 atividades semanais de uma hora e meia, com a criança
contato@bemfamilia.com.br
(31) 8636-3808
Muitos pais se perguntam como se aproximar dos filhos pré-adolescentes ou como responder às suas perguntas que por vezes os deixam sem jeito e encabulados.
Com o intuito de auxiliá-los, construímos 3 dicas para ajudá-los neste momento:
Cada um tem uma história e uma personalidade diferente que devem ser respeitadas. E ninguém melhor do que os pais para avaliar a medida de cada resposta, já que são os que conhecem melhor seus filhos. Portanto, não se culpem se vocês não conseguiram seguir um manual de respostas pré-definidas, pois o mais importante é dar respostas que estejam de acordo com os valores que querem transmitir, além de respeitar as singularidades do seu filho.
Esta posição pode acabar afastando os filhos. O ideal é adotar certa distância, concedendo privacidade ao pré-adolescente, mas sem deixar de demonstrar interesse pelos assuntos do filho.
Quando for responder a uma pergunta, pergunte o que ele sabe sobre o assunto e porque está interessado nele. Seu próprio filho pode te dar elementos para construir uma resposta mais adequada, por isso é sempre importante escutar o que ele tem a dizer.
O que importa mesmo é lembrar que seu filho é uma pessoa que, muitas vezes, vai pensar e agir de maneira diferente de você. Então observá-lo, passar um tempo com ele e conhecê-lo é o melhor caminho para saber como lidar com ele sem desrespeitar ou invadir seu espaço.
sócia-fundadora da Clínica Base, graduada em Psicologia pela UFMG
Especialista em Relações Internacionais
Especialista em Psicanálise com Crianças e Adolescentes pela PUC-MG
Mestranda em Psicologia na PUC-MG.
Referência da Clínica Base em projetos relacionados à adolescência e à tecnologia/mundo virtual. (www.clinicabase.com)
O pensamento da criança tem um caráter mágico: ela acredita que os seus desejos podem se transformar em realidade. Nos primeiros anos de sua vida, sua atividade mental se restrige à busca em satisfazer os desejos do seu corpo, que são físicos (fome, sono) e psíquicos (necessidade de ser cuidado, angústia de separação). Há uma busca incessante pelo prazer.
Com o decorrer do tempo, a criança, estimulada especialmente por seus pais, passa a desejar um envolvimento maior com o mundo exterior. Suas atividades mentais precisam progredir até formas mais elaboradas de pensamento, raciocínio, lógica e abstração, que lhe proporcionarão condições para que sua integração com o mundo evolua. Mesmo que, durante este processo de evolução, sempre exista na criança a vontade de permanecer na busca por seus prazeres primários, ela também anseia por progresso. Ela quer crescer, andar, falar etc.
São eles quem devem educá-la para ter uma visão coerente da vida e da realidade, fazendo com que ela seja então capaz de abrir mão dessa busca pela satisfação do prazer em prol da sua relação com o mundo.
Os pais auxiliam nessa conversão com a sua arma mais poderosa: o amor.
Os ensinamentos dos pais têm efeito justamente porque eles são os bens mais preciosos de uma criança e ela entende o limite como proteção, atenção, cuidado. E, para retribuir e manter o amor dos pais, ela renuncia aos seus caprichos (mesmo ficando um pouco emburrada, chateada ou triste por um tempo). No fundo, ela sempre sabe que eles querem o seu bem!
A criança não adquire controle sobre os seus impulsos a não ser que os pais lhe façam essa exigência. Quando os pais põe limite, através de broncas e repreensões, a criança teme por perder o amor deles. São os pais então quem, através de seus exemplos, irão proporcionar os incentivos para que ela controle os seus desejos e temperamento. E o que ela ganha com isso? A garantia de ser querida e amada.
Limite é uma forma de amor, e é esta busca pelo amor de seus pais que irá ajudar a criança a adquirir autocontrole, a aprender a distinguir o certo e o errado, o bom e o mau.
Portanto, os pais impõem limites para mostrar aos filhos que os protegem e querem o seu bem. Dessa forma estão os instruindo e auxiliando a lidar com a realidade, com as frustrações e alegrias da vida, preparando-os para o futuro, para que possam construir relações pautadas pelo afeto e pelo respeito, para serem cidadãos do bem, conscientes das suas responsabilidades, deveres e direitos.
Lívia Galdino
Psicóloga
Especialista em psicanálise com crianças e adolescentes
Durante a infância, as crianças passam por um processo chamado de neurodesenvolvimento, no qual o cérebro imaturo vai adquirindo capacidades motoras, cognitivas, de comunicação e socialização cada vez mais complexas. Tal processo pode desenvolver de forma mais lenta ou mais produtiva dependendo da qualidade dos estímulos que são oferecidos aos cérebros dos pequenos.
Essa necessidade do desenvolvimento preocupa muitos pais, os quais gostariam que seus filhos desenvolvessem diferentes capacidades, como a inteligência e habilidades compatíveis com sua idade.
Esta é, sem a menor dúvida, a condição que mais pode favorecer uma boa educação.Equilíbrio traz serenidade. Uma pessoa equilibrada é uma pessoa madura e, geralmente, é mais feliz. Ao pensar na atividade que a criança mais gosta de fazer, que é brincar, muitas reflexões podem ser feitas para contribuir, também, no equilíbrio desta tão importante atividade infantil. Que espaços podem ser úteis para brincar? Que espaços criativos podem ser oferecidos às crianças?
Na maioria das vezes, a resposta é a busca de serviços que poderiam realizar tal tarefa, como escolas regulares, escolas de artes, de esportes, de música, dentre outros.
No entanto, o que tenho observado hoje como neuropediatra que trabalha com neurodesenvolvimento infantil é que muitas vezes a infância das crianças está sendo terceirizada. Os pais assumem os custos de cuidadores, escolas, esportes, mas não dedicam tempo nem esforços para acompanharem e estimularem seus próprios filhos.
E o maior problema disso tudo é que o cérebro da criança consegue alcançar seu maior potencial quando recebe estímulos diversos que lhe são prazerosos. E nada mais prazeroso para a criança que receber estímulos de quem elas mais amam, seus pais.
Dessa forma, a agenda cheia desses pequenos, com múltiplas atividades, não substitui o valor do tempo de qualidade com seus pais. Momentos juntos de dedicação plena, brincadeiras saudáveis próprias para cada etapa, passeios e carinhos são poderosos estimulantes das conexões cerebrais.
Fica a sugestão para que os pais se esforcem para dedicar algum momento do seu dia para seus filhos, tornando esses momentos agradáveis e prazerosos para ambos. Que seja, por exemplo, 30 minutos que ambos irão sentar no chão para montar um quebra-cabeça, ou fazer um bolo, ou chutar bola! E com essas brincadeiras simples os mini-cérebros estão recebendo estímulos espaciais, visuais, sonoros, de memória e de coordenação motora, que, associados ao prazer, fortalecem as conexões cerebrais existentes e estimulam a formação de novas conexões neuronais. Com criatividade e motivação, os adultos ganham momentos de relaxamento e as crianças fortes estímulos para alcaçarem o máximo do potencial de seus pequenos cérebros!
Dra. Liubiana Arantes de Araújo
Neuropediatra, M.D., Ph.D.
Fellow in neuroscience at Harvard Medical School
Professora Adjunta da Faculdade de Medicina da UFMG
Neuroinfância; Desvendando o cérebro infantil
Life Center: (31) 3281-8298 / 3223-1346
Recentemente li a frase que dá título a esse texto estampada em um símbolo do super-homem na faixada de uma clínica de reprodução assistida, o que me levou a refletir sobre as diversas configurações familiares com que nos deparamos na atualidade, dentre elas, as famílias formadas apenas por uma mulher solteira, que, sozinha, cuida de seu rebento, fruto do desejo de ser mãe e de um milagre da ciência. Mas e o pai? Será que podemos prescindir dele na criação de um filho?
A função paterna é um tema debatido por profissionais de diferentes áreas e que interessa principalmente aos psicanalistas. Para a psicanálise o pai é aquele que interdita a relação da mãe com a criança mostrando-lhe que a mãe deseja algo para além de seu filho, o que é imprescindível para que a criança se diferencie dela e a perceba como uma pessoa independente, e não como uma parte do seu próprio corpo.
Essa separação que o pai promove entre a mãe e o bebê é fundamental, não só para que a criança se localize como um sujeito e não como um objeto do desejo caprichoso da mãe, mas também para que ela se identifique com o pai como aquele que tem algo que a mãe deseja, adotando-o, por isso, como uma referência, alguém que pode lhe ensinar sobre a vida.
Mas essa identificação da criança com o pai só vai se sustentar ao longo da vida se ele for capaz de se fazer amado, respeitado, e admirado no contexto familiar, o que não depende só da sua atitude, mas também, da atitude da mãe, que vai através da sua fala e das suas ações, legitimá-lo como uma autoridade a ser respeitada.
Para isso o pai não precisa estar presente, nem ser de “carne e osso”, basta que ele exista no desejo dessa mulher, ou que alguém, que não precisa ser o pai biológico, ocupe esse lugar. Em uma época como a que estamos vivendo – em que é possível tornar-se mãe por um milagre da ciência – saber que é possível que o pai esteja “presente” e faça a sua função mesmo estando, de fato, ausente, representa um grande alívio, pois, como a psicanálise revela, não podemos prescindir dele.
Psicóloga na Clínica Base
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Muitas vezes, podemos correr o risco de exagerar na educação dos filhos. Exagerar nos estímulos, na alimentação, na proteção, nas atividades intelectuais e, até mesmo podemos exagerar no carinho. Alguns podem não concordar e dizer: uma criança jamais será prejudicada com excesso de coisa boa. Engana-se quem pensa assim.
Esta é, sem a menor dúvida, a condição que mais pode favorecer uma boa educação.Equilíbrio traz serenidade. Uma pessoa equilibrada é uma pessoa madura e, geralmente, é mais feliz. Ao pensar na atividade que a criança mais gosta de fazer, que é brincar, muitas reflexões podem ser feitas para contribuir, também, no equilíbrio desta tão importante atividade infantil. Que espaços podem ser úteis para brincar? Que espaços criativos podem ser oferecidos às crianças?
Temos visto pais aflitos, querendo promover para os filhos, principalmente nos finais de semana, locais super legais, espaços multicoloridos que possam atrair e divertir as crianças.
Neste artigo, o objetivo é resgatar que, dentro da própria casa ou em espaços próximos a ela, podemos oferecer muito aos filhos. E o melhor, gastando apenas um pouco do nosso tempo e disposição e nada de dinheiro!
Brincar no Quarto – O quarto de uma casa sempre oferece situações e ferramentas criativas para a família toda se divertir. Seja a cama que pode virar o famoso pula-pula, para os menores de 3 anos ou as almofadas e travesseiros para a velha farra da guerra de travesseiros, estar no quarto dos pais traz sempre boas recordações. Aproveitar este espaço da casa para contar histórias, brincar com as roupas da mãe ou do pai enquanto se arruma o armário, também promove boas conversas. Outra coisa que se pode fazer no quarto é ver os álbuns de fotos da família, aproveitando o aconchego do colchão e de uma coberta fofinha. Ver fotos, juntinhos, faz com que momentos que a família tenha vivido, antes da criança ter nascido, passem a fazer parte de sua história. É um repassar de fatos, memórias e vivências que cada novo membro que chega à família, pode passar a ter contato. E, cabe ao adulto, ter a paciência e um tempinho para contar aos menores o que ocorreu antes dele chegar.
Brincar na Cozinha – Lugar preferido de 9 entre dez crianças. Colorido, cheiroso e, geralmente detentor de delicias nem sempre liberadas na hora que a boca pede. Criança sabe bem disso. Também é considerado por muitos como o lugar mais perigoso para os pequenos. Será mesmo? Cabem aqui algumas reflexões? Cozinha é perigosa em função do fogo, gás, pia, produtos? Sim, isso é fato. Mas o que deveríamos fazer neste local não seria, também, uma intensa atividade educativa quando estivermos com crianças em casa? Ensinar a guardar o que está limpo; organizar os alimentos nos potes; analisar quais frutas precisam ser consumidas por já estarem maduras; lavar as louças que foram usadas para a refeição; fazer um bolo para esperar a vovó para um café; e até mesmo arrumar a mesa com os pratos e talheres de acordo com o número de pessoas que vão jantar. A grande diferença entre a cozinha ser o espaço divertido e o espaço proibido, é a presença atenta de um adulto. Adulto capaz de explicar e aceitar as ajudas que a criança pode dar. É claro que uma atividade na cozinha, com crianças a partir de 4, 5 anos, torna-se mais agradável do que com as menores, mas, independente da idade, o papel do adulto deve sempre ter destaque para que tudo ocorra de forma natural e educativa.
Brincar no Banheiro – Hum… quem nunca viu uma criança se deliciar com a espuma produzida pelo sabonete ou shampoo no corpinho? É uma aventura! Encher uma bacia com água, na hora do banho, e deixar os bonecos, panelinhas e carrinhos boiarem à vontade, pode trazer alegria e relaxamento. Na estação mais quente, o verão, isso é ainda mais gostoso, já que mesmo a água esfriando, não se corre o risco de um resfriado. Muitas vezes é a parede azulejada que vira uma grande tela à vapor para desenhar ou até mesmo o vidro do box que recebe as iniciais do nome, corações e rabiscos bem criativos. Claro que, com supervisão do adulto, pois onde há água, por mais seguro que seja, estamos falando de crianças.
Brincar no Quintal ou Playground – Uma casa com quintal, um apartamento com área ou um prédio com playground são cada vez mais raros hoje em dia. Crianças que ainda possuem estes espaços privilegiados devem ser incentivadas a usá-los com muito cuidado e, principalmente, respeito, já que nem sempre são territórios individuais. Brincar de casinha, de banho de mangueira, de futebol, de boneca, de carrinho, ou seja, quase tudo pode ser feito nestes espaços. Os cuidados, por parte dos adultos, devem prevalecer: o barulho produzido pelos pequenos deve ser monitorado, o cuidado com o espaço, as plantas e os brinquedos que por ventura ali estiverem devem ser ensinados e, claro, o zelo pela segurança dos brincalhões que podem se exceder diante da euforia.
Brincar na praça perto de casa– Morar perto de uma pracinha, por mais simples que ela seja, é um privilégio. Em algumas cidades têm-se notícias de que espaços antes, povoados por um público que inibia a ida de famílias e de suas crianças, passaram a ser “ocupados” pela população para suas caminhadas, brincadeiras ao ar livre e muita criança transitando. Este é o quadro natural: espaços públicos, como as praças de pequenas ou grandes cidades, são para o lazer de sua população. Levar a criança, desde bem pequena, ainda no colo, para identificar que ali é um lugar para ser cuidado e aproveitado, é também, um exercício de cidadania. Levar brinquedos que podem ser compartilhados com outras crianças é outro belo exercício de altruísmo. Bola, peteca, patinete, velotrol, bicicleta e corda são sempre boas pedidas. Entender que o que é público precisa ser cuidado por cada um que o utiliza, precisa ser aprendido desde cedo. Outras atividades podem ser feitas em praças como os piqueniques, uma roda de violão, os jogos de tabuleiro como dama, dominó, vareta, além, é claro, de pular amarelinha, elástico ou simplesmente correr livre, para sentir o vento e o sol. Para quem tem um cãozinho, levá-lo para passear ainda abre o espaço para mostrar às crianças, de como se portar quando o bichinho fizer suas necessidades, levando o saco plástico para a coleta preservando os demais de um acidente desnecessário. Muitos lugares e espaços, pequenos ou grandes, podem ser fontes inspiradoras de brincadeiras. A sala, a garagem, o corredor que une os quartos, podem e devem ser explorados. Desenhar, pintar, brincar de massinha, ver um desenho animado ou um filme bem legal ficam bem mais divertidos quando feitos com alguém que amamos está por perto. Ficar e brincar em casa não é castigo… quem aprende a gostar do próprio lar, torna-se mais grato e cuidadoso com seu entorno. Não deixemos que mais um perigoso desequilíbrio passe a tomar conta de nossos hábitos: querer oferecer sempre mais e mais novidades para o simples e natural ato de brincar.
Fica assim a dica: espaços para brincar não faltam, torná-los criativos é questão de disposição.
Marise Nancy de Alencar
Pedagoga, Especialista em Educação Infantil e Alfabetização, Mestre em Educação Tecnológica, Coordenadora Pedagógica.
Cada edição oferece 3 atividades de 1 hora e meia cada, marcadas a cada mês em um espaço de arte e cultura diferentes, em Belo Horizonte. As professoras da Bem Família recebem as crianças e coordenam as dinâmicas
Após cada edição, as famílias recebem orientações pedagógicas sobre cada criança, em uma reunião realizada com os pais. As professoras apresentam avaliação do perfil de cada participante, mostrando caminhos para a família explorar melhor as aptidões e preferências de cada filho.
Em parceria com a Trupe Gaia – Teatro e a Traquitana Brinquedos Educativos e Livros, exploramos a importância do brincar na infância, como uma das principais formas de aprendizado e desenvolvimento pleno. Através do brincar, a criança usa habilidades diversas como imaginar, combinar, decidir, improvisar, criar, definir, escolher, negociar, ganhar, perder, dividir e muito mais!
A atividade é dividida em exercícios de criatividade corporal (como equilíbrio e arremesso) com artefatos e brinquedos de circo, e dinâmicas de expressão oral, jogo da memória e advinhações relacionados ao tema circo. Um momento de exploração livre de brinquedos educativos, livros, relacionados ao tema circo, tão atraente a crianças e até adultos. Inclusive os pais são encorajados a participarem!
Mães e pais já não sabem o que fazer para prolongar a infância, que anda tão a diferente e achatada. O brincar junto com o filho é tarefa que requer disposição, criatividade e paciência!
A Bem Família tem atividades pedagógicos e programas de rotinas para auxiliar os pais na busca de uma infância mais equilibrada e plena.
Cada família forma um trio de amigos para realizarem as atividades juntos a cada edição do Club Cult Kids. A Bem Família também pode ajudar a formar um grupinho para o seu filho, de acordo com perfil e faixa etária.
As inscrições são abertas a cada edição, com um número máximo de trios. Duplas ou individuais também podem ser inscritos.
Informações e inscrições:
http://bemfamilia.com.br/club-cult-kids-inscricao/
Ou ligue para mim: (31) 8646-3808 Tatiana Camargos Lamego.
Recentemente assisti a um vídeo intitulado “Filho do divórcio”. Trata-se de um menino lendo uma carta escrita aos pais dizendo de todos os danos causados a ele pelo divórcio. O vídeo me fez pensar sobre essa questão.
Ainda hoje, numa sociedade em que é mais comum ter pais separados do que casados, e em que as famílias não seguem mais um modelo predeterminado, qualquer comportamento diferente ou inadequado da criança é atribuído à configuração familiar: “Ah, essa criança está agressiva porque os pais estão se separando”, “Essa outra é introvertida porque mora só com a mãe e quase nunca vê o pai”. Quando se fala desse assunto há uma tendência a pensar que é devastador para a criança ter pais separados e que essa situação pode causar traumas e danos irreparáveis.
Uma separação é, sem dúvida, difícil para todos os envolvidos e para as crianças pode ser ainda mais devido à falta de entendimento sobre o que está acontecendo. No entanto, uma criança com pais separados, mas, felizes e em harmonia será, com certeza, mais feliz que uma criança com pais casados, infelizes e em constante enfrentamento. O que é realmente difícil para a criança é ter pais que brigam constantemente, sejam eles casados ou separados. O ambiente de brigas, raiva e discussões é muito estressante e deixa as crianças inseguras.
Portanto, se o divórcio for a saída encontrada pelos pais o importante é pensar no bem estar da criança e ficar atento aos valores passados a ela. Se durante um divórcio os pais conseguem manejar a situação com respeito e consideração pelo outro, a criança aprende que deve agir dessa forma quando ela mesma estiver envolvida em algum conflito. Tudo o que acontece durante a infância influencia no desenvolvimento das crianças e situações ruins como um divórcio, se bem manejadas pelos adultos, podem carregar muito aprendizado sobre sentimentos e relacionamentos.
Por Luiza Pinheiro: Psicopedagoga da Clínica Base