O quadro de incentivo é uma forma de tornar a rotina e o desenvolvimento do filho mais fácil e produtivos!

Combinar com as crianças algumas metas e desafios funciona desde cedo! Quando bebê, a mãe já pode ir se acostumando a narrar o que está fazendo com o filho, contando que é hora de acordar, depois alimentar, brincar, tomar sol e banho. A importância da rotina vai sendo assimilada pelo filho e pela mãe nesses primeiros tempos, ao longo do primeiro ano de vida. A partir dos 2 anos já é possível trabalhar com os quadros, marcando estrelinhas ou adesivos. Mas atenção, nesta fase, tudo de forma suave, sem metas exageradas, cobranças inadequadas…O incentivo positivo é sempre necessário!

O mais importante de ser trabalhado nos primeiros anos são as noções de momentos do dia, ensinando a importância da disciplina e da rotina:
– hora de comer
– hora de dormir
– hora de brincar
– hora de aprender
– hora de não fazer nada (este merece um post à parte, que breve vamos escrever)

Na faixa dos 4 ou 5 anos, a criança já começa a ter noções mais claras de tempo, de conquista, de vitória. As pontuações e metas já podem ser conversadas e combinadas com mais detalhes, como por exemplo: almoçar com a TV desligada, dormir todo dia no mesmo horário, guardar os brinquedos etc. Nas “metas”, pode-se propor à criança tentar alcançar 1 estrelinha por dia ou por semana, e lembrá-la do esforço ao longo do tempo. Lembre-se que a criança precisa de incentivos constantes, por mais esperta que seja, precisa ser ensinada.

É importante que toda família participe com alegria, envolvendo-se com as metas, com a  brincadeira de pontuar e torcendo para a criança conseguir. O papel dos pais e cuidadores é garantir que os horários e ambiente da casa possibilitem a criança envolver-se com a rotina de forma natural e gradual. À medida que vão crescendo, podem ser mais cobrados, mas sempre com carinho!!!!!!!!

Para pregar o quadro de incentivo, escolha um local visível, no quarto, na sala ou na cozinha, que a criança possa enxergar. O quadro deve ser colorido, com figurinhas e letras grandes para chamar atenção dos pequenos.

Até os dez anos é muito importante que a criança seja estimulada a ser organizada, a não se queixar pelas tarefas diárias, a construir sua autonomia gradualmente. O exemplo dos pais fala alto nisso. Não há mágicas nem fórmulas prontas, cada criança é uma e a criatividade e alegria devem ser a tônica de todo o trabalho, sem esquecermos da firmeza!!!!

Em nossos cursos, trabalhamos com conceitos básicos para ajudar os pais a implantarem rotinas de hábitos dentro da necessidade e perfil de cada criança. Com técnicas e dinâmicas lúdicas é sempre possível melhorar e levar ideias novas aos pais e mães.

Quero mais informações sobre os cursos em domicílio que a família trabalha com os quadros de incentivo.

 

tatiana-camargos-bem-familia-bhTatiana Camargos Lamego, fundadora da Bem Família Tutoria em Desenvolvimento Infantil.

Professora com formação em Magistério pelo Colégio Logosófico González Pecotche, 1995.

Comunicóloga com bacharelado em Publicidade e Propaganda pelo Uni BH, Belo Horizonte, Minas Gerais, 1999.

Representante do projeto Brincar Sustentável – Joanninha Aluguel de Brinquedos

Divulgadora do Box da Joanninha, São Paulo, 2011 a 2012.

viciado em tecnologia_saude_bemfamiliaÉ inegável que a tecnologia facilita nossas vidas em muitos aspectos, tais como o armazenamento de informações, a comunicação e o acesso a lugares distantes. Por outro lado, ela também coloca muitas questões, principalmente, para os pais que se perguntam sobre o uso que seus filhos fazem de seus instrumentos. Afirmações como “Meu filho só quer saber do tablet!” e “Se deixar, ele joga Minecraft o dia todo” são cada vez mais comuns e revelam a preocupação dos adultos com o possível desenvolvimento de um vício por tecnologia. Mas, o que de fato quer dizer que uma criança está viciada em tecnologia?

Inicialmente, é preciso observar se a forma como a criança utiliza a tecnologia está prejudicando alguma instância de sua vida como, por exemplo, seu desempenho na escola, sua relação com as outras crianças e seu desenvolvimento psíquico e cognitivo, o que pode aparecer na forma dos seguintes sinais: piora do desempenho escolar (aqui, me refiro não só às notas, mas também ao desenvolvimento da criança no que concerne a seu aprendizado e relacionamento interpessoal), afastamento das outras crianças, ansiedade, nervosismo, insônia entre outros. Assim, é preciso que haja danos na vida do seu filho para que você possa afirmar que ele está viciado.

Vejo que muitos pais tendem a comparar sua infância com a infância dos filhos, o que muitas vezes os leva a concluir que estes podem estar fazendo um uso excessivo da tecnologia, não pelos problemas gerados por este uso, mas pelo fato de não fazerem as mesmas coisas que seu pais faziam quando pequenos: brincar na rua, ir na casa dos amigos, subir em árvores, etc. É importante considerar a época em que vivemos, afinal, as crianças não são as mesmas de antigamente, ainda que existam várias questões relacionadas com a infância que não se alteram com o tempo.

É necessário destacar ainda que a melhor forma de contornar algum problema relacionado à tecnologia está longe de ser a proibição do uso do tablet, smartphone, videogame e/ou computador, já que, além de nós adultos sermos os primeiros a dar exemplos contrários a tal impedimento, pois, em geral, também utilizamos as redes sociais, as ferramentas de pesquisa, o what´s app, etc (Não é raro ver uma criança pulando na frente de seus pais para que estes larguem o celular o olhem para ela), a criança precisa aprender a conviver com a tecnologia de uma forma saudável, uma vez esta fará parte de sua vida.

É preciso ajudar a criança a refletir sobre o modo como tem usado esses instrumentos, além de introduzir outros recursos lúdicos que ampliem seu campo de interesse. Muitas vezes, os pequenos ficam em casa sem ter muito o que fazer além de jogar e acessar a internet. Por isso, além de observar os sinais que indicam algum prejuízo em suas vidas, devemos levar em consideração o ambiente em que vivem e os estímulos e atividades que estão sendo ofertados a elas.

 

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Paula Melgaço

sócia-fundadora da Clínica Base, graduada em Psicologia pela UFMG

Especialista em Relações Internacionais

Especialista em Psicanálise com Crianças e Adolescentes pela PUC-MG

Mestranda em Psicologia na PUC-MG.

Referência da Clínica Base em projetos relacionados à adolescência e à tecnologia/mundo virtual. (www.clinicabase.com)

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Algumas datas comemorativas são para mim momentos de reflexão. E o dia dos pais não é diferente! A figura de um pai na vida dos filhos é algo marcante através das gerações.

De minha memória infantil, surge a figura paterna exercida por meu avô. Era um homem rigoroso, temido e respeitado. Ao mesmo tempo amoroso e brincalhão, principalmente comigo e meu irmão, os únicos netos que naquela época conviviam cotidianamente com ele.

A casa de meus avós era pequena, mas nela cabiam os 08 filhos solteiros – os outros 05 já eram casados -, e mais todo mundo que chegava para passar uns dias, um mês, um ano.

Entrar no quarto do vovô, só com sua permissão! Os adultos da casa criaram em nós crianças, uma imagem que não correspondia ao seu jeito conosco. Íamos com ele ao sítio no seu jipinho verde e era pura alegria! Ele era um “paivô,” mesmo tendo partido quando eu contava apenas com 12 anos. Deixou um lindo legado em minha vida.

E meu pai? Carinhoso, amoroso, sereno. Sempre tinha um conselho a nos dar. Em sua singeleza e simplicidade de homem criado no interior, nos dava lições de vida com frases simples, mas que revelavam sabedoria. Mas duas coisas se destacaram e se fixaram em minha vida para sempre.

Quando reclamava de alguma coisa ele dizia: – Nunca reclame pelo que está vivendo. Olhe para traz e sempre encontrará alguém em piores condições que você.

Sempre nos estimulou a aprender a fazer as coisas. Ele dizia que o aprender era a forma de saber ensinar. Dizia assim: – Você só poderá exigir do outro, aquilo que você sabe fazer, senão não terá parâmetros para exigir o que não sabe ensinar.

E hoje comprovo este ensinamento que ele me deu, a toda hora.

Conversei com minha filha, hoje mãe de meus netos, e lhe perguntei que lembranças ela tem da presença do pai dela em sua infância.

Ela me disse que tem infinitas lembranças dele, sempre presente, desde o amanhecer ao acordá-la para ir para a escola com a pergunta diária:- Café com leite rebentinha ou rebentão? Era uma brincadeira para oferecer café com leite morno ou quente.

Aos domingos no clube, ele nadava na piscina com tobogã conosco, nos dando seu colo até que tivéssemos  segurança para descer sozinhos.

A casinha de boneca que ele mesmo construiu era linda, e onde passávamos as tardes brincando, depois que terminávamos os deveres de casa.

Nos finais de semana, nosso quintal ficava cheio de amiguinhos da escola e da vizinhança, e lá estava ele, jogando vôlei, queimada e basquete com a meninada.

Na adolescência ele fazia churrasco para a  a turma e era o mais animado, fazia questão de participar de nossas conversas e brincadeiras naturalmente.

Nas viagens de férias, levava pelo menos mais um amigo conosco. íamos num Fiat 147 ele, a mamãe, e quatro ou cinco crianças no banco de traz com a matula da viagem! Bons e velhos tempos! Hoje damos risadas ao recordar desta época.

Quanta gratidão por este pai dedicado e presente em nossas vidas, sempre aconselhando sobre a paciência e a calma, para saber esperar cada coisa à sua hora.

Perguntei a esta filha, como o exemplo do pai influencia o seu papel de mãe de seus dois bebês, atualmente.

“Meu pai sempre foi uma pessoa calma, paciente, dedicada e firme, mas muito amoroso. Tento atuar desta mesma forma com meus filhos, transmitindo a segurança e o amor ao mesmo tempo que educo. Este foi sim um grande exemplo para mim! Hoje, as tomadas de decisões que faço na vida, têm relação com o que meu pai me orientou. Totalmente! Sempre recorro aos seus conselhos e ainda hoje, depois de adulta ouço muito sua opinião sobre várias decisões que quero tomar, pois sua opinião é um grande norte em minha vida. Sua sabedoria e experiência me fazem refletir em muitos momentos.”

Ela aproveitou para deixar aqui um recadinho no dia dos pais:

“Querido pai, sempre tivemos o melhor exemplo de você, como pai. Sua paciência, tolerância e amor estiveram presentes em nosso lar por toda nossa infância! Obrigada por nos oferecer sempre o melhor e por se dedicar à nossa família com tanto amor!”

De todo o dito e recordado aqui, evidencia-se que, para estas duas gerações, a presença constante dos pais foi fundamental. Dando amor, conselhos, chamando a atenção quando necessário, nos orientando em vivências simples do dia a dia.

Papais do presente, não percam esta grande oportunidade de conviver com seus filhos. A infância representa menos que 10% de toda a trajetória física da vida de uma pessoa. Porém, quanto mais intensa seja esta convivência, mais chances teremos de ter crianças felizes.

A melhor maneira de tornar as crianças boas é torna-las felizes! Já disse alguém, algum dia. Não é tão difícil!!!!!

Por Siuse Camargos – esposa e mãe. Avó da Isabela e do Pedro. Foi educadora infantil por mais de 10 anos. Hoje  exerce com alegria a função de avó e nas horas vagas, é também profissional na área de decoração.